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Mostrando postagens de outubro, 2025

Manoel, o ser de luz. Décimo Primeiro Capítulo: Miqueias torna o Abrigo Estrelinha um recanto de amor e acontecem a primeira feirinha de adoções e também a primeira ceia de natal.

  A primeira feirinha de adoções do Abrigo Estrelinha. A homenagem ao Anjinho Manoel   O Abrigo Estrelinha, no quintal do prédio em São Paulo, havia se tornado mais do que um refúgio para gatos abandonados; era um símbolo de esperança, onde o legado de Manoelzinho, o gatinho que inspirara sua criação, continuava a unir corações. Juvenal, com seu pelo branquinho e seu “mrau, mrau” rouco, reinava como o guardião do gatil, acolhendo os recém-chegados com lambidas gentis, enquanto a lápide com a constelação de cinco estrelas — Manoel, Biriba, Bituca, Assad e Manoelzinho — brilhava no canto do quintal, como um farol espiritual. Lucas e Amaraliz, agora casados e dedicados ao abrigo, sentiam a presença da constelação em cada miado, em cada voluntário, e, especialmente, em Miqueias, o menino de sete anos cuja presença transformara o espaço.    O conselho diretor do abrigo, inspirado pelo crescimento da comunidade e pela energia de Miqueias, resolveu organizar a primeira Feir...

Manoel, o ser de luz. Décimo Capítulo: Miqueias, o garoto que multiplicava o amor e sua cura através do carinho de Juvenal, o gatinho especial.

  A dor do pequeno Miqueias pela perda do amiguinho Pelúcia, o cãozinho tirado das ruas.    Na favela do Morumbi, onde as casinhas se amontoavam em vielas estreitas e o barulho da cidade se misturava ao canto dos passarinhos, Miqueias, aos 7 anos, voltava da escola com um brilho ansioso nos olhos. O dia na segunda série fora cheio de lições, mas tudo o que ele queria era chegar à sua humilde casa, abrir a porta de madeira gasta e encontrar Pelúcia, o cãozinho de pelo desgrenhado que ele resgatara das ruas. Miqueias imaginava o rabo abanando, as lambidas no rosto, e o calor do abraço que sempre o fazia esquecer as durezas do dia. Pelúcia era seu confidente, seu amigo que não precisava de palavras para entender a alegria ou a tristeza de um menino.     Ao entrar na casinha, com sua mochila surrada pendurada no ombro, Miqueias chamou: “Pelúcia! Cadê meu cachorro?” Sua voz ecoou no pequeno cômodo, mas não veio o latido familiar, nem o som de patinhas correndo pelo c...